domingo, 17 de maio de 2009

Reportagem

Trabalhar mais depois de velho?

Esta é a nova proposta para evitar as conseqüências econômicas do envelhecimento da população


Pirâmide etária da população da Alemanha nos anos de 1910, 2005 e 2025. Projeções indicam que a população com mais de 60 anos será superior à de jovens até 2025 (reprodução / Science).




Redistribuir o trabalho entre as faixas etárias é a sugestão de demógrafos europeus para solucionar os problemas decorrentes do envelhecimento da população. Eles defendem que, quanto mais velho for o indivíduo, maior deveria ser sua carga horária de trabalho, porque não faria sentido trabalhar mais tempo durante o período da vida em que é preciso cuidar dos filhos. Esta pode ser ainda uma das causas da baixa taxa de natalidade dos países desenvolvidos, segundo os autores do artigo que apresenta a proposta, publicado na revista Science.

“Ações governamentais deveriam encorajar os idosos a trabalhar uma quantidade maior de horas durante mais tempo, além de estimular a criação de empregos de meio-período para os mais jovens”, explica James Vaupel, pesquisador do Instituto Max Planck para Pesquisa Demográfica (Alemanha) e um dos autores do artigo, em entrevista à CH On-line. Ele acredita que, em teoria, o padrão econômico não cairia com a redução do tempo trabalhado no início da idade adulta. “Embora os jovens trabalhem menos, não haverá redução de renda. Os impostos diminuirão, porque a necessidade de transferir recursos financeiros dos ativos para os inativos será menor”, ressalta.

A grande quantidade de idosos desestabiliza as contas públicas, pois cada vez menos pessoas trabalham para sustentar um número crescente de aposentadorias, o que torna o sistema previdenciário quase inviável e provoca a redução dos investimentos em educação e saúde, por exemplo.

Os autores do artigo estudaram mais cuidadosamente o caso alemão. Nesse país, havia cinco trabalhadores inativos para cada quatro ativos em 2005, e a projeção é que em 2025 a proporção seja de três para dois. Além disso, atualmente os empregados trabalham cerca de dezesseis horas por semana; em 2025, estima-se que esse valor será 8% menor. A inclusão dos idosos poderia aumentar essa média para cerca de 25 horas.

O fantasma do colapso do sistema previdenciário ameaça, além da Alemanha, quase todos os países da Europa, onde as aposentadorias antecipadas têm sido incentivadas. A partir dos 60 anos, é mais vantajoso financeiramente se aposentar do que continuar trabalhando. Na Bélgica, por exemplo, mais da metade da população masculina com mais de 59 anos estava fora do mercado de trabalho em 2000. É esse erro que todos os modelos teóricos sobre o assunto procuram corrigir.

“A idéia básica dessas alternativas é estimular o cidadão a trabalhar por mais tempo”, salienta o economista Bernardo Lanza, pesquisador do Centro de Desenvolvimento e Planejamento Regional da Universidade Federal de Minas Gerais (Cedeplar/UFMG). Ele avalia com cautela a proposta dos demógrafos alemães. “Ainda não podemos dizer que a redistribuição do trabalho entre as diferentes faixas etárias será eficiente, porque não houve nenhum estudo empírico”, pondera.


O mapa classifica os países em função da idade média de sua população em 2001. Os países mais ricos, na Europa e na América do Norte, têm idade média entre 35 e 45 anos. Na maior parte da África e do Oriente Médio, a média fica entre 14 e 20 anos. O Brasil está entre esses extremos, com idade média de 25 a 30 anos (reprodução / Wikipedia).





O caso do Brasil
O envelhecimento populacional ainda atinge apenas os países mais ricos de forma mais acentuada, mas a tendência é que ele se torne um problema mundial no futuro. Segundo estimativas da Organização das Nações Unidas, a média de idade brasileira está entre 22 e 28 anos atualmente, mas deve subir para entre 35 e 42 anos em 2050, o que significa que o país está próximo de ter problemas por causa da grande quantidade de aposentados.

De acordo com estimativas do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), a população brasileira de idosos será igual à de jovens aproximadamente em 2050. Além disso, a relação entre trabalhadores ativos e inativos do país está cada vez mais parecida com a européia. Na década de 1950, havia oito trabalhadores no mercado para cada aposentado; atualmente a taxa é de 1,27 para 1. Dentro de pouco tempo, cada trabalhador ativo vai sustentar um inativo, o que tornará a carga tributária inviável.


Pirâmides de idade da população brasileira em 2005 e 2050. O gráfico tende a tomar a forma de um quadrado, o que reflete o envelhecimento populacional (reprodução / IBGE).





A tentativa de aumentar a idade de aposentadoria no Brasil vem desde o início da década de 1990. “Há incentivos para aposentadoria precoce em alguns tipos de emprego. Outra alternativa seria oferecer benefícios aos trabalhadores que continuarem no mercado”, explica Bernardo Lanza. “Em todo caso, é importante mudar o sistema previdenciário logo. Quanto mais cedo o país começar a se preocupar em fazer políticas públicas para evitar esse colapso, melhor.”



Franciane Lovati
Ciência Hoje On-line
01/08/2006


http://cienciahoje.uol.com.br/53933

quinta-feira, 7 de maio de 2009

REPORTAGENS

05/05/2009

Trabalho voluntário pode prolongar a vida, indica estudo
Os resultados de um novo da VA Medical Center e da Universidade da Califórnia, nos EUA, indicam que participar de atividades voluntárias pode prolongar a vida de pessoas mais velhas.

Avaliando mais de seis mil aposentados com mais de 65 anos, os pesquisadores descobriram que o voluntariado estava fortemente associado com menores taxas de morte – em quatro anos, 12% daqueles que faziam trabalhos voluntários faleceram, contra 26% dos não-voluntários. E esses resultados ocorriam independentemente de status econômico, doenças crônicas, e limitações funcionais.

Embora o estudo não explique as razões, os autores acreditam que o trabalho voluntário pode melhorar a saúde do idoso ao expandir sua rede social, aumentar seu acesso a recursos e melhorar sua autoestima.

07/05/2009

Idosos comem melhor quando têm companhia nas refeições, aponta estudo
Ter companhia nas refeições pode estimular o apetite dos idosos – particularmente daqueles que estão hospitalizados –, segundo estudo da Universidade de Montreal, no Canadá. E, de acordo com os pesquisadores, isso é importante, visto que “aproximadamente 35% das pessoas idosas sofrem de má nutrição” e esse quadro piora ainda mais com a hospitalização.

Avaliando os comportamentos verbal e não-verbal de 30 pacientes durante suas refeições na unidade de readaptação do Instituto Universitário de Geriatria de Montreal, os pesquisadores observaram uma associação entre a ingestão de alimentos e as interações sociais – os pacientes comiam mais quando tinham interações sociais amigáveis e animadas durante as refeições.

Os pesquisadores destacam que, apesar de estudos com mais voluntários sejam necessários para confirmação, o estudo traz uma importante informação para melhorar a saúde e a qualidade de vida dos idosos, principalmente aqueles hospitalizados.

http://blogboasaude.zip.net/arch2009-05-03_2009-05-09.html

terça-feira, 5 de maio de 2009

Água e envelhecimento

Sempre que dou aula de Clínica Médica a estudantes do quarto ano de Medicina, lanço a pergunta:
"Quais as causas que mais fazem o vovô ou a vovó terem confusão mental?"

Alguns arriscam: "Tumor na cabeça:".Eu digo: "Não".Outros apostam: "Mal de Alzheimer". Respondo, novamente: "Não".

A cada negativa a turma espanta-se. E fica ainda mais boquiaberta quando enumero os três responsáveis mais comuns: diabetes descontrolado; infecção urinária; a família passou um dia inteiro no shopping, enquanto os idosos ficaram em casa.

Parece brincadeira, mas não é. Constantemente vovô e vovó, sem sentir sede,deixam de tomar líquidos.
Quando falta gente em casa para lembrá-los,desidratam se com rapidez. A desidratação tende a ser grave e afeta todo o organismo. Pode causar confusão mental abrupta, queda de pressão arterial,aumento dos batimentos cardíacos ("batedeira"), angina (dor no peito), coma e até morte.
Insisto: não é brincadeira.

Ao nascermos, 90% do nosso corpo é constituído de água. Na adolescência, isso cai para 70%. Na fase adulta, para 60%. Na terceira idade, que começa aos 60 anos, temos pouco mais de 50% de água.

Isso faz parte do processo natural de envelhecimento. Portanto, de saída, os idosos têm menor reserva hídrica. Mas há outro complicador: mesmo desidratados, eles não sentem vontade de tomar água,pois os seus mecanismos de equilíbrio interno não funcionam muito bem.

Explico: nós temos sensores de água em várias partes do organismo. São eles que verificam a adequação do nível. Quando ele cai, aciona-se automaticamente um "alarme". Pouca água significa menor quantidade de sangue, de oxigênio e de sais minerais em nossas artérias e veias. Por isso, o corpo "pede" água. A informação é passada ao cérebro, a gente sente sede e sai em busca de líquidos.

Nos idosos, porém, esses mecanismos são menos eficientes. A detecção de falta de água corporal e a percepção da sede ficam prejudicadas. Alguns, ainda, devido a certas doenças, como a dolorosa artrose, evitam movimentar-se até para ir tomar água.

Conclusão:
Idosos desidratam-se facilmente não apenas porque possuem reserva hídrica menor, mas também porque percebem menos a falta de água em seu corpo. Além disso, para a desidratação ser grave, eles não precisam de grandes perdas, como diarréias, vômitos ou exposição intensa ao sol.Basta o dia estar quente - e o verão já está aí - ou a umidade do ar baixar muito - como tem sido comum nos últimos meses. Nessas situações, perde-se mais água pela respiração e pelo suor. Se não houver reposição adequada, é desidratação na certa.

Mesmo que o idoso seja saudável, fica prejudicado o desempenho das reações químicas e funções de todo o seu organismo.

Por isso, aqui vão dois alertas.
O primeiro é para vovós e vovôs: tornem voluntário o hábito de beber líquidos. Bebam toda vez que houver uma oportunidade. Por líquido entenda-se água, sucos, chás, água-de-coco, leite. Sopa, gelatina e frutas ricas em água, como melão, melancia, abacaxi, laranja e tangerina, também funcionam. O importante é, a cada duas horas, botar algum líquido para dentro. Lembrem-se disso!

Meu segundo alerta é para os familiares: ofereçam constantemente líquidos aos idosos.Lembrem-lhes de que isso é vital. Ao mesmo tempo, fiquem atentos. Ao perceberem que estão rejeitando líquidos e, de um dia para o outro, ficam confusos, irritadiços, fora do ar, atenção. É quase certo que esses sintomas sejam decorrentes de desidratação. Líquido neles e rápido para um serviço médico.


Arnaldo Lichtenstein (46)
Médico, é clínico-geral do Hospital das Clínicas e professor colaborador do Departamento de Clínica Médica
da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

segunda-feira, 4 de maio de 2009

Os Idosos no Brasil

Os idosos são hoje 14,5 milhões de pessoas, 8,6% da população total do País, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), com base no Censo 2000. O instituto considera idosas as pessoas com 60 anos ou mais, mesmo limite de idade considerado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para os países em desenvolvimento. Em uma década, o número de idosos no Brasil cresceu 17%, em 1991, ele correspondia a 7,3% da população.
O envelhecimento da população brasileira é reflexo do aumento da expectativa de vida, devido ao avanço no campo da saúde e à redução da taxa de natalidade. Prova disso é a participação dos idosos com 75 anos ou mais no total da população - em 1991, eles eram 2,4 milhões (1,6%) e, em 2000, 3,6 milhões (2,1%).
A população brasileira vive, hoje, em média, de 68,6 anos, 2,5 anos a mais do que no início da década de 90. Estima-se que em 2020 a população com mais de 60 anos no País deva chegar a 30 milhões de pessoas (13% do total), e a esperança de vida, a 70,3 anos.
O quadro é um retrato do que acontece com os países como o Brasil, que está envelhecendo ainda na fase do desenvolvimento. Já os países desenvolvidos tiveram um período maior, cerca de cem anos, para se adaptar. A geriatra Andrea Prates, do Centro Internacional para o Envelhecimento Saudável, prevê que, nas próximas décadas, três quartos da população idosa do mundo esteja nos países em desenvolvimento.
A importância dos idosos para o País não se resume à sua crescente participação no total da população. Boa parte dos idosos hoje são chefes de família e nessas famílias a renda média é superior àquelas chefiadas por adultos não-idosos. Segundo o Censo 2000, 62,4% dos idosos e 37,6% das idosas são chefes de família, somando 8,9 milhões de pessoas. Além disso, 54,5% dos idosos chefes de família vivem com os seus filhos e os sustentam.


O Estatuto do Idoso
Após sete anos tramitando no Congresso, o Estatuto do Idoso foi aprovado em setembro de 2003 e sancionado pelo presidente da República no mês seguinte, ampliando os direitos dos cidadãos com idade acima de 60 anos. Mais abrangente que a Política Nacional do Idoso, lei de 1994 que dava garantias à terceira idade, o estatuto institui penas severas para quem desrespeitar ou abandonar cidadãos da terceira idade. Veja os principais pontos do estatuto:
O Estatuto do Idoso tem como objetivo promover a inclusão social e garantir os direitos desses cidadãos uma vez que essa parcela da população brasileira se encontra desprotegida, apesar de as estatíticas indicarem a importância de políticas públicas devido ao grande número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil.
Conforme o Estatuto do idoso, que entrou em vigo em 1 de outubro de 2003:
Art. 10 § 2º O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetivos pessoais.
Os direitos do idoso são garantidos por lei federal.


Saúde
• O idoso tem atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS).
• A distribuição de remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuita, assim como a de próteses.
• Os planos de saúde não podem reajustar as mensalidades de acordo com o critério da idade.
• O idoso internado ou em observação em qualquer unidade de saúde tem direito a acompanhante, pelo tempo determinado pelo profissional de saúde que o atende.
Transportes Coletivos
• Os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo público gratuito. Antes do estatuto, apenas algumas cidades garantiam esse benefício aos idosos. A carteira de identidade é o comprovante exigido.
• Nos veículos de transporte coletivo é obrigatória a reserva de 10% dos assentos para os idosos, com aviso legível.
• Nos transportes coletivos interestaduais, o estatuto garante a reserva de duas vagas gratuitas em cada veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. Se o número de idosos exceder o previsto, eles devem ter 50% de desconto no valor da passagem, considerando-se sua renda.
Violência e Abuso
• Nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão.
• Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte ou a qualquer outro meio de exercer sua cidadania pode ser condenado e a pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa.
• Famílias que abandonem o idoso em hospitais e casas de saúde, sem dar respaldo para suas necessidades básicas, podem ser condenadas a penas de seis meses a três anos de detenção e multa.
• Para os casos de idosos submetidos a condições desumanas, privados da alimentação e de cuidados indispensáveis, a pena para os responsáveis é de dois meses a um ano de prisão, além de multa. Se houver a morte do idoso, a punição será de 4 a 12 anos de reclusão.
• Qualquer pessoa que se aproprie ou desvie bens, cartão magnético (de conta bancária ou de crédito), pensão ou qualquer rendimento do idoso é passível de condenação, com pena que varia de um a quatro anos de prisão, além de multa.

Entidades de Atendimento ao Idoso
• O dirigente de instituição de atendimento ao idoso responde civil e criminalmente pelos atos praticados contra o idoso.
• A fiscalização dessas instituições fica a cargo do Conselho Municipal do Idoso de cada cidade, da Vigilância Sanitária e do Ministério Público.
• A punição em caso de mau atendimento aos idosos vai de advertência e multa até a interdição da unidade e a proibição do atendimento aos idosos.
Lazer, Cultura e Esporte
• Todo idoso tem direito a 50% de desconto em atividades de cultura, esporte e lazer.
Trabalho
• É proibida a discriminação por idade e a fixação de limite máximo de idade na contratação de empregados, sendo passível de punição quem o fizer.
• O primeiro critério de desempate em concurso público é o da idade, com preferência para os concorrentes com idade mais avançada.
Habitação
• É obrigatória a reserva de 3% das unidades residenciais para os idosos nos programas habitacionais públicos ou subsidiados por recursos públicos.


Doenças Mais Comuns

O envelhecimento acarreta mudanças no organismo do indivíduo e, geralmente, traz consigo algumas doenças. Estudos indicam que todas as pessoas estão propensas a ter pelo menos uma doença crônica quando ficarem mais velhas. O envelhecimento será bem ou malsucedido de acordo com a capacidade funcional que a pessoa conseguir manter ao chegar à terceira idade. Por isso, atitudes preventivas, como alimentação e atividades físicas, entre outras, são importantes. Parar de fumar é outra atitude importante. Mesmo que uma pessoa só tome essa decisão ou venha a concretizá-la aos 75 anos, e por isso não consiga mais prevenir o surgimento de doenças, ela conseguirá reabilitar-se. As doenças mais letais são as cardiovasculares, entre elas a hipertensão e o diabetes, que podem evoluir para a insuficiência cardíaca. as doenças do aparelho circulatório são responsáveis por 39,4% dos óbitos masculinos e 36,3% dos femininos entre os idosos. As neurodegenerativas (Mal de Parkinson e Mal de Alzheimer) não ocasionam a morte do paciente, mas afetam sua autonomia. Outro problema freqüente é a depressão. De um quarto a três terços da população idosa mundial apresenta a doença. A depressão pode tornar o idoso dependente de outras pessoas e incapacitá-lo para a realização de suas atividades diárias. O câncer, uma mutação das células que se caracteriza como a principal causa de morte nos países desenvolvidos, tende a aumentar no Brasil com o envelhecimento da população. quem chega aos 80 anos de idade dificilmente apresentará a doença. Para a pessoa com câncer ou qualquer outra doença, principalmente as neurodegenerativas ou a depressão, em qualquer quadro, a participação da família é fundamental, oferecendo apoio ao paciente e estando atenta aos sintomas.

Principais doenças
• Cardiovasculares
• Derrames
• Pneumonia
• Câncer
• Enfisema e bronquite crônica
• Infecção urinária
• Osteoporose
• Diabetes
• Osteartrose
• Depressão
• Mal de Parkinson
• Alzheimer
• Catarata
• Glaucoma

Créditos a alunas da UNA - Trabalho Interdisciplinar apresentado em 2008, grupo em que eu fazia parte.
Amable

Visão geral

Idosos
Pela legislação brasileira, são considerados idosos todos aqueles maiores de 60 anos de idade.

As Políticas Publicas para idosos

O envelhecimento pode ser entendido como um processo múltiplo e complexo de contínuas mudanças ao longo do curso da vida, influenciado pela integração de fatores sociais e comportamentais. A idéia pré-concebida sobre a velhice aponta para uma etapa da vida que pode ser caracterizada, entre outros aspectos, pela decadência física e ausência de papéis sociais. Mas nada é mais justo do que garantir ao idoso a sua integração na comunidade.
No Brasil existe atualmente o Estatuto do Idoso, aprovado pela Comissão Diretora do Senado Federal em 23 de Setembro de 2003. O estatuto foi criado para assegurar os direitos destas pessoas que ao longo de suas vidas construíram e melhoraram nossa sociedade para que hoje possamos desfrutar dos avanços conquistados.

Os direitos do idoso

Conforme o Estatuto do idoso, que entrou em vigo em 1 de outubro de 2003:
Art. 10 § 2º O direito ao respeito consiste na inviolabilidade da integridade física, psíquica e moral abrangendo a preservação da imagem, da identidade, da autonomia, de valores, idéias e crenças, dos espaços e dos objetivos pessoais.
Os direitos do idoso são garantidos por lei federal.
O Estatuto do Idoso tem como objetivo promover a inclusão social e garantir os direitos desses cidadãos uma vez que essa parcela da população brasileira se encontra desprotegida, apesar de as estatíticas indicarem a importância de políticas públicas devido ao grande número de pessoas com mais de 60 anos no Brasil. Segundo Anita Neri o Estatuto do Idoso (Lei 10.741) foi sancionado pelo presidente da República, Luis Inácio Lula da Silva, em 1 de outubro de 2003, porém publicada no Diário Oficial da União em Três (3) de Outubro de 2003 e garantindo e ampliando os direitos dos brasileiros com mais de 60 (sessenta) anos.

Principais pontos do estatuto:
Saúde:

O idoso tem atendimento preferencial no Sistema Único de Saúde (SUS).

A distribuição de remédios aos idosos, principalmente os de uso continuado (hipertensão, diabetes etc.), deve ser gratuita, assim como a de próteses e órteses.

Os planos de saúde não podem reajustar as mensalidades de acordo com o critério da idade.
O idoso internado ou em observação em qualquer unidade de saúde tem direito a acompanhante, pelo tempo determinado pelo profissional de saúde que o atende.

Transportes Coletivos:

Os maiores de 65 anos têm direito ao transporte coletivo público gratuito.
A carteira de identidade é o comprovante exigido.
Nos veículos de transporte coletivo é obrigatória a reserva de 10% dos assentos para os idosos, com aviso legível.
Nos transportes coletivos interestaduais, o estatuto garante a reserva de duas vagas gratuitas em cada veículo para idosos com renda igual ou inferior a dois salários mínimos. Se o número de idosos exceder o previsto, eles devem ter 50% de desconto no valor da passagem, considerando-se sua renda.
Violência e Abandono
Nenhum idoso poderá ser objeto de negligência, discriminação, violência, crueldade ou opressão.
Quem discriminar o idoso, impedindo ou dificultando seu acesso a operações bancárias, aos meios de transporte ou a qualquer outro meio de exercer sua cidadania pode ser condenado e a pena varia de seis meses a um ano de reclusão, além de multa.
Sabedoria do idoso



Lembre-se: Todo mundo envelhece!!!
O idoso é a fonte de sabedoria mais próxima de qualquer ser humano, com sua grande experiência de vida profissional, social, emocional, psicológica, comportamental possibilita aos mais jovens oportunidades de compartilhamento de saber com um nível considerável de qualidade de informação.
A sabedoria do idoso foi adquirida ao longo de sua vida e garantir uma cultura de respeito aos idosos é vantajoso para o nosso próprio futuro. Todos nós envelhecemos e com progresso da medicina e das condições sanitárias, nossa expectativa de vida devera ser ainda maior do que a de nossos avós.
Portanto, exigir que instituições e governos tenham políticas voltadas especialmente á terceira idade - como a criação de espaços e programas adequados em clubes e condomínios e a garantia de aposentadoria justa, saúde e inserção no mercado de trabalho - é construir uma sociedade mais humana tanto para eles como para nós mesmos.

Créditos a alunas da UNA - Trabalho Interdisciplinar apresentado em 2008, grupo em que eu fazia parte.
Amable

Estudada a prevalência de doenças comuns na população muito idosa

À medida que a prevalência das doenças aumenta com a idade, o número de pessoas com doenças não-identificadas também deverá aumentar. Investigadores da Inglaterra e Holanda avaliaram o número de pessoas com casos anteriormente conhecidos e aquelas que acabaram de ser identificadas com diagnósticos de anemia, diabetes mellitus, disfunção tireoideana, fibrilação atrial, e hipertensão em um grupo populacional com pessoas de 85 anos de idade. O objetivo do estudo foi o tentar usar informações obtidas de clínicos gerais e dados de farmácias para estimar a prevalência destas doenças em pacientes muito idosos. Foram 528 participantes no total. O novo estudo foi publicado no último número da revista British Medical Journal.

Fonte: British Medical Journal

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/4241

Doenças venosas são mais comuns nos idosos e nas mulheres

Um estudo envolvendo uma amostra multiétnica de 2.211 homens e mulheres realizado na cidade de San Diego, Califórnia, entre os anos de 1994 a 1998, calculou a prevalência das principais manifestações de doença venosa crônica: aranhas vasculares, veias varicosas, alterações tróficas de pele, e edema através de inspeção visual; análise com dulex ultrassom; e ocorrência de eventos trombóticos venosos baseado na história. Os resultados foram publicados ontem na revista American Journal of Epidemiology. Os autores verificaram que a ocorrência da doença venosa aumentou com a idade, e que brancos não-hispânicos apresentaram uma incidência maior da doença; ela ainda estava mais presente nas mulheres do que nos homens.

American Journal of Epidemiology

http://www.drashirleydecampos.com.br/noticias/5600

TRANSTORNOS MENTAIS EM IDOSOS

A velhice é um período normal do ciclo vital caracterizado por algumas mudanças físicas, mentais e psicológicas. É importante fazer essa consideração pois algumas alterações nesses aspectos não caracterizam necessariamente uma doença. Em contrapartida, há alguns transtornos que são mais comuns em idosos como transtornos depressivos, transtornos cognitivos, fobias e transtornos por uso de álcool. Além disso, os idosos apresentam risco de suicídio e risco de desenvolver sintomas psiquiátricos induzidos por medicamentos.

Muitos transtornos mentais em idosos podem ser evitados, aliviados ou mesmo revertidos. Conseqüentemente, uma avaliação médica se faz necessária para o esclarecimento do quadro apresentado pelo idoso.

Diversos fatores psicossociais de risco também predispõem os idosos a transtornos mentais.

Esses fatores de risco incluem:
Perda de papéis sociais
Perda da autonomia
Morte de amigos e parentes
Saúde em declínio
Isolamento social
Restrições financeiras
Redução do funcionamento cognitivo (capacidade de compreender e pensar de uma forma lógica, com prejuízo na memória).


Transtornos psiquiátricos mais comuns em idosos
Demência
Demência tipo Alzheimer
Demência vascular
Esquizofrenia
Transtornos depressivos
Transtorno bipolar (do humor)
Transtorno delirante
Transtornos de ansiedade
Transtornos somatoformes
Transtornos por uso de álcool e outras substâncias


Demência

Demência é um comprometimento cognitivo geralmente progressivo e irreversível. As funções mentais anteriormente adquiridas são gradualmente perdidas. Com o aumento da idade a demência torna-se mais freqüente. Acomete 5 a 15% das pessoas com mais de 65 anos e aumenta para 20% nas pessoas com mais de 80 anos.

Os fatores de risco conhecidos para a demência são: Idade avançada História de demência na família Sexo feminino

Os sintomas incluem alterações na memória, na linguagem, na capacidade de orientar-se. Há perturbações comportamentais como agitação, inquietação, andar a esmo, raiva, violência, gritos, desinibição sexual e social, impulsividade, alterações do sono, pensamento ilógico e alucinações.

As causas de demência incluem lesões e tumores cerebrais, síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS), álcool, medicamentos, infecções, doenças pulmonares crônicas e doenças inflamatórias. Na maioria das vezes as demências são causadas por doenças degenerativas primárias do sistema nervoso central (SNC) e por doença vascular. Cerca de 10 a 15% dos pacientes com sintomas de demência apresentam condições tratáveis como doenças sistêmicas (doenças cardíacas, renais, endócrinas), deficiências vitamínicas, uso de medicamentos e outras doenças psiquiátricas (depressão).

As demências são classificadas em vários tipos de acordo com o quadro clínico, entretanto as mais comuns são demência tipo Alzheimer e demência vascular.

Demência tipo Alzheimer

De todos os pacientes com demência, 50 a 60% têm demência tipo Alzheimer, o tipo mais comum de demência. É mais freqüente em mulheres que em homens. É caracterizada por um início gradual e pelo declínio progressivo das funções cognitivas. A memória é a função cognitiva mais afetada, mas a linguagem e noção de orientação do indivíduo também são afetadas. Inicialmente, a pessoa pode apresentar uma incapacidade para aprender e evocar novas informações.

As alterações do comportamento envolvem depressão, obsessão (pensamento, sentimento, idéia ou sensação intrusiva e persistente) e desconfianças, surtos de raiva com risco de atos violentos. A desorientação leva a pessoa a andar sem rumo podendo ser encontrada longe de casa em uma condição de total confusão. Aparecem também alterações neurológicas como problemas na marcha, na fala, no desempenhar uma função motora e na compreensão do que lhe é falado.

O diagnóstico é feito com base na história do paciente e do exame clínico. As técnicas de imagem cerebral como tomografia computadorizada e ressonância magnética podem ser úteis.

O tratamento é paliativo e as medicações podem ser úteis para o manejo da agitação e das perturbações comportamentais. Não há prevenção ou cura conhecidas.

Demência vascular

É o segundo tipo mais comum de demência. Apresenta as mesmas características da demência tipo Alzheimer mas com um início abrupto e um curso gradualmente deteriorante. Pode ser prevenida através da redução de fatores de risco como hipertensão, diabete, tabagismo e arritmias. O diagnóstico pode ser confirmado por técnicas de imagem cerebral e fluxo sangüíneo cerebral.

Esquizofrenia (esquizofrenia e outras psicoses)

Essa doença começa no final da adolescência ou idade adulta jovem e persiste por toda a vida. Cerca de 20% das pessoas com esquizofrenia não apresentam sintomas ativos aos 65 anos; 80% mostram graus variados de comprometimento. A doença torna-se menos acentuada à medida que o paciente envelhece.

Os sintomas incluem retraimento social, comportamento excêntrico, pensamento ilógico, alucinações e afeto rígido. Os idosos com esquizofrenia respondem bem ao tratamento com drogas antipsicóticas que devem ser administradas pelo médico com cautela.

Transtornos depressivos

A idade avançada não é um fator de risco para o desenvolvimento de depressão, mas ser viúvo ou viúva e ter uma doença crônica estão associados com vulnerabilidade aos transtornos depressivos. A depressão que inicia nessa faixa etária é caracterizada por vários episódios repetidos.

Os sintomas incluem redução da energia e concentração, problemas com o sono especialmente despertar precoce pela manhã e múltiplos despertares, diminuição do apetite, perda de peso e queixas somáticas (como dores pelo corpo). Um aspecto importante no quadro de pessoas idosas é a ênfase aumentada sobre as queixas somáticas.

Pode haver dificuldades de memória em idosos deprimidos que é chamado de síndrome demencial da depressão que pode ser confundida com a verdadeira demência. Além disso, a depressão pode estar associada com uma doença física e com uso de medicamentos.

Transtorno bipolar (transtornos do humor)

Os sintomas da mania em idosos são semelhantes àqueles de adultos mais jovens e incluem euforia, humor expansivo e irritável, necessidade de sono diminuída, fácil distração, impulsividade e, freqüentemente, consumo excessivo de álcool. Pode haver um comportamento hostil e desconfiado. Quando um primeiro episódio de comportamento maníaco ocorre após os 65 anos, deve-se alertar para uma causa orgânica associada. O tratamento deve ser feito com medicação cuidadosamente controlada pelo médico.

Transtorno delirante

A idade de início ocorre por volta da meia-idade mas pode ocorrer em idosos. Os sintomas são alterações do pensamento mais comumente de natureza persecutória (os pacientes crêem que estão sendo espionados, seguidos, envenenados ou de algum modo assediados). Podem tornar-se violentos contra seus supostos perseguidores, trancarem-se em seus aposentos e viverem em reclusão. A natureza dos pensamentos pode ser em relação ao corpo, como acreditar ter uma doença fatal (hipocondria).

Ocorre sob estresse físico ou psicológico em indivíduos vulneráveis e pode ser precipitado pela morte do cônjuge, perda do emprego, aposentadoria, isolamento social, circunstâncias financeiras adversas, doenças médicas que debilitam ou por cirurgia, comprometimento visual e surdez.

As alterações do pensamento podem acompanhar outras doenças psiquiátricas que devem ser descartadas como demência tipo Alzheimer, transtornos por uso de álcool, esquizofrenia, transtornos depressivos e transtorno bipolar. Além disso, podem ser secundárias ao uso de medicamentos ou sinais precoces de um tumor cerebral.

Transtornos de ansiedade

Incluem transtornos de pânico, fobias, TOC, ansiedade generalizada, de estresse agudo e de estresse pós-traumático. Desses, os mais comuns são as fobias.

Os transtornos de ansiedade começam no início ou no período intermediário da idade adulta, mas alguns aparecem pela primeira vez após os 60 anos.

As características são as mesmas das descritas em transtornos de ansiedade em outras faixas etárias.

Em idosos a fragilidade do sistema nervoso autônomo pode explicar o desenvolvimento de ansiedade após um estressor importante. O transtorno de estresse pós-traumático freqüentemente é mais severo nos idosos que em indivíduos mais jovens em vista da debilidade física concomitante nos idosos.

As obsessões (pensamento, sentimento, idéia ou sensação intrusiva e persistente) e compulsões (comportamento consciente e repetitivo como contar, verificar ou evitar ou um pensamento que serve para anular uma obsessão) podem aparecer pela primeira vez em idosos, embora geralmente seja possível encontrar esses sintomas em pessoas que eram mais organizadas, perfeccionistas, pontuais e parcimoniosas. Tornam-se excessivos em seu desejo por organização, rituais e necessidade excessiva de manter rotinas. Podem ter compulsões para verificar as coisas repetidamente, tornando-se geralmente inflexíveis e rígidos.

Transtornos somatoformes

São um grupo de transtornos que incluem sintomas físicos (por exemplo dores, náuseas e tonturas) para os quais não pode ser encontrada uma explicação médica adequada e que são suficientemente sérios para causarem um sofrimento emocional ou prejuízo significativo à capacidade do paciente para funcionar em papéis sociais e ocupacionais. Nesses transtornos, os fatores psicológicos são grandes contribuidores para o início, a severidade e a duração dos sintomas. Não são resultado de simulação consciente.

A hipocondria é comum em pacientes com mais de 60 anos, embora o seja mais freqüente entre 40 e 50 anos. Exames físicos repetidos são úteis para garantirem aos pacientes que eles não têm uma doença fatal. A queixa é real, a dor é verdadeira e percebida como tal pelo paciente. Ao tratamento, deve-se dar um enfoque psicológico ou farmacológico.

Transtornos por uso de álcool e outras substâncias

Os pacientes idosos com dependência de álcool, geralmente, apresentam uma história de consumo excessivo que começou na idade adulta e apresentam uma doença médica, principalmente doença hepática. Além disso, um grande número tem demência causada pelo álcool.

A dependência de substâncias como hipnóticos, ansiolíticos e narcóticos é comum. Os pacientes idosos podem abusar de ansiolíticos para o alívio da ansiedade crônica ou para garantirem uma noite de sono.

A apresentação clínica é variada e inclui quedas, confusão mental, fraca higiene pessoal, depressão e desnutrição.

http://www.abcdasaude.com.br/artigo.php?423

Fitoterápicos

Valeriana officinalis

Planta possuindo uma enorme raiz e um curto rizoma, que dá origem a um caule anguloso com folhas opostas e penatissectas. O caule termina num corimbo de pequenas flores brancas ou avermelhadas. O fruto é um aquênio com coroa. A espécie está difundida na Europa, Ásia e América. É uma planta medicinal muito antiga, como é recordado pelo seu nome científico, derivado do latim valere, ter saúde.

A valeriana é cultivada nos campos. No segundo ano, são arrancadas as raízes, que são limpas, lavadas rapidamente (sem pelar nem raspar), cortadas, se necessário, e postas a secar brevemente, a 35°C no máximo. É somente ao secar que a raiz adquire o seu odor penetrante, que perturba os gatos mesmo à distância.

A raiz seca contém 0,5 % a 1 % de óleo essencial rico em pineno e canfeno, alcalóides, ésteres de ácidos orgânicos, ácido valérico e isovalérico, taninos e sucos amargos.

Os remédios à base de valeriana atenuam a irritabilidade nervosa, as perturbações cardíacas de origem nervosa e as cãibras. São usados em caso de depressão nervosa, fadiga, esgotamento intelectual e insônia crônica. Emprega-se freqüentemente o extrato alcoólico que é um sedativo do sistema nervoso.


http://www.medicinageriatrica.com.br/category/psicogeriatria/

Resenha

Colaboradora : Joana Luísa Fernandes Souza *

* Nutricionista e Pós-graduanda em Medicina e Saúde Geriátrica da METROCAMP

A obesidade é o excesso de tecido adiposo no organismo, sendo considerada uma doença crônica que tem forte relação de causa e efeito com outras doenças como as doenças cardiovasculares, osteomusculares e neoplásicas.

Na obesidade podemos avaliar a gordura total e a gordura de distribuição central, que tem relação direta com as Doenças Cardiovasculares (DCV) e Diabetes Mellitus (DM) tipo II (2).

No idoso deve-se somar a essas medidas a avaliação antropométrica (peso x altura x idade) pois nessa população há um aumento de gordura corporal em detrimento de massa magra (músculo), além da menor estatura (cifose) e relaxamento da musculatura abdominal.

E como avaliar então?

1º - Um parâmetro de medidas para avaliar a circunferência abdominal (1) e que nos fornece informações DE RISCOS À SAÚDE é:
Para o homem: 100 cm
Para a mulher: 80 cm

2º - e a relação cintura–quadril (1), que indica a obesidade central, que é a gordura mais prejudicial e a mais usada para fornecer informações da relação com as doenças citadas; RCQ = medida da cintura / medida do quadril.

A obesidade leva a distúrbios na saúde do indivíduo, principalmente no idoso. Esses distúrbios somados são um grande problema de saúde pública onde a educação com prevenção é fundamental. São eles;

• Distúrbios psicológicos
• Distúrbios sociais
• Aumento no risco de morte prematura
• Diabetes Mellitus
• Hipertensão Arterial Sistêmica
• Dislipidemias
• Doenças Cardiovasculares
• Câncer
• Doenças músculo esqueléticas

No Brasil segundo IBGE em 1985 1/3 das mortes prematuras foram provocadas por DCV, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), e DM.

Curiosidades:

Como o excesso de peso já é um problema de saúde pública que atinge cerca de 1/3 da população adulta e cresce mais a cada dia, mesmo entre as pessoas idosas (3) devemos aliar educação a prevenção.

Mesmo nos idosos a prevalência maior de obesidade é entre as mulheres (4,5)e seu maior pico ocorre entre 45 e 64 anos (2) em ambos os sexos.

Referências
1. Applied Body Composition Assessment, pg 82. Ed. Human Kinetics,1996.

2. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia V. 45 n.5 São Paulo Oct. 2001
ISSN 0004-2730 versión impresa

3. Gofin J, Abramson JH, Kark JD, Epstein L. The prevalence of obesity and its changes over time in middle-aged and elderly men and women in Jerusalem. Int J Obes 1996;20:260-6.

4. Euronut SENECA investigators. Nutritional status: anthropometry. Eur J Clin Nutr 1991;45(45s3):31-42.

5. Ukoli FA, Bunker CH, Fabio A, Olomu AB, Egbagbe EE, Kuller LHl. Body fat distribution and other anthropometric blood pressure correlates in a Nigerian urban elderly population.
Cent J Med 1995;41(5):54-161.

6. DATASUS [on line]
Leia mais em:
1. Chaimowicz F. A saúde dos idosos brasileiros � s vésperas do século XXI:
problemas, projeções e alternativas. Revista de Saúde Pública. Abr.1997;31(2):184-200. [on line]

2. Overweigh and Obesity - Centers for Desease Control and Prevention - EUA [on line]

http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/04/11/saude-geriatria/obesidade-fator-de-risco-de-doencas-nos-idosos/

Em que diferem as doenças dos idosos daquelas dos jovens?

Algumas características das doenças dos idosos são essencialmente diferentes daquelas dos indivíduos jovens.

A primeira condição a ser considerada é a multiplicidade de doenças que coexistem no idoso. Dada a progressiva perda funcional, diversos órgãos e sistemas podem apresentar alterações que se vão se somando em diversas doenças crônicas ao mesmo tempo, situação que deve ser sempre considerada pelo médico que vai tratar a pessoa idosa. Assim, um jovem com pneumonia ao procurar o médico geralmente tem só pneumonia, a qual, tratada, resolve o problema do paciente; já um idoso com pneumonia, freqüentemente têm associados problemas como diabete melito, hipertensão, artrose, problemas coronários, etc. Assim, ao diagnosticar e tratar da pneumonia o médico não pode esquecer de todas estas outras doenças concomitantes e de como o diagnóstico de uma pode interferir com o das outras e o tratamento de uma pode interferir nas demais. Sabe-se atualmente, do ponto de vista estatístico, que um paciente, acima dos 65 anos de idade, ao procurar o médico, tem, em média, 3 doenças diferentes. É do próprio conhecimento popular esta multiplicidade de doenças. Todos conhecemos idosos que têm diabete, hipertensão e artrite ou varizes, bronquite e angina e assim por diante.

A segunda condição a ser considerada refere-se à mudança na manifestação das doenças. Devido às alterações orgânicas do envelhecimento e à multiplicidade de doenças coexistentes, as manifestações mais comuns das diversas doenças são totalmente diferentes no jovem e no idoso. Assim, um infarto do miocárdio no adulto jovem ou de meia idade manifesta-se geralmente por uma forte dor no peito, eventualmente irradiada para braço esquerdo ou costas; já no idoso o infarto pode aparecer, e freqüentemente aparece, sem dor, sendo suas manifestações mais comuns a confusão mental ou falta de ar que apareça de maneira súbita; as infecções podem se manifestar sem febre, porem com confusão mental aguda; problemas abdominais como uma apendicite ou uma inflamação de vesícula aparecerem sem resistência à palpação do abdome. Como é fácil entender, estas diferenças podem muitas vezes tornar difícil, principalmente para os profissionais que não estejam acostumados a tratar idosos, fazer o diagnóstico imediato dos problemas do paciente idoso, o que pode vir a atrasar um tratamento necessário.

A terceira condição refere-se àquelas doenças que são, efetivamente próprias do indivíduo idoso. Assim como na criança observamos uma prevalência maior de diversas doenças, que por este motivo, são chamadas doenças próprias da infância, como o Sarampo, a Catapora, a Coqueluche, etc., o envelhecimento traz consigo uma maior chance de aparecimento de algumas outras doenças, que serão comentadas no decorrer deste trabalho, como os problemas vasculares, arteriais ou venosos; a osteoartrose, a osteoporose, os problemas cerebrais referentes à memória, as alterações do equilíbrio e da marcha e outros, que poderiam assim ser chamadas doenças próprias do envelhecimento, na medida em que refletem o desgaste dos diversos órgãos já anteriormente referidos.

http://www.lincx.com.br/lincx/saude_a_z/3_idade/doencas_idosos.asp

Médicos debatem doenças comuns nos idosos

III Curso de Geriatria para o Clínico
Dias 13 e 14 de março, em São Paulo (SP)

Nos dias 13 e 14 de março de 2009, no hotel Golden Tulip Paulista Plaza (Al. Santos, 85), das 8 às 18 horas, em São Paulo (SP), a Regional São Paulo da Sociedade Brasileira de Clínica Médica realizará o III Curso de Geriatria para o Clínico, coordenado pelo Dr. Abrão José Cury Jr. Dirigido a profissionais da saúde, em sua maioria médicos clínicos gerais, no curso serão realizadas palestras, conferências e mesas redondas sobre pesquisas, avanços, prevenção, diagnóstico e tratamento de doenças enfrentadas na Terceira Idade. Alguns temas:

Depressão: Com a idade, a tendência é reduzir a atividade social dos idosos. Isso entristece a pessoa. A família acaba contribuindo para essa situação porque isola o idoso do convívio social e familiar por conta de suas limitações físicas. Além de atividades físicas adequadas à idade, o idoso deve ser estimulado através de exercícios mentais, como conversar, ler e se ocupar. O isolamento do idoso leva à depressão, que leva ao desenvolvimento de doenças, como desnutrição por se alimentar mal, processos infecciosos, desidratação, deterioração orgânica e muscular, acelerando o envelhecimento. Um clínico geral bem preparado é capaz de tratar problemas, como má audição e visão, é capaz de orientar cuidados simples, como os orais que interferem na alimentação, enfim, pode mostrar ao idoso como ser saudável para participar da vida familiar e social.

Síndrome da Fragilidade: O envelhecimento é um processo que pode começar antes dos 60 anos, momento definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como início da Terceira Idade. Diante disso, foi criado o conceito Síndrome da Fragilidade, que consiste na soma de mudanças físicas e psicológicas que comprometem a qualidade de vida e predispõem a pessoa a desenvolver doenças. São marcadores da Síndrome da Fragilidade: dificuldades de recuperação após doença, redução da libido, osteoporose acelerada, redução da força muscular, susceptibilidade a doenças, refluxo gástrico, constipação intestinal, redução da absorção de alimentos e medicamentos, redução do fluxo sanguíneo no fígado, infecções respiratórias, diabetes e doenças cardíacas. Em geral, esses problemas estão associados à incontinência urinária, desnutrição, quedas, imobilidade, uso de vários medicamentos e depressão. As pessoas não devem aceitar as mudanças físicas como inevitáveis e normais, é preciso se preocupar com a qualidade de vida e, principalmente, com a saúde.

Um dos passos importantes é a avaliação nutricional, a prescrição de uma dieta que considere a realidade e as características do paciente. Outro aspecto é a avaliação do médico, que deve considerar a idade do paciente, comprometimento da audição e da visão, doenças pré-existentes, depressão, hospitalização nos últimos meses, capacidade de compreensão, problemas na tireóide, condições para desenvolver atividades diárias, como vestir, comer, higienizar e andar. Cabe ao médico dar atenção e apoio ao paciente, buscando manter sua capacidade funcional, bem como condições emocionais e sociais estáveis.

Hipertensão: A Hipertensão é um das doenças mais comuns da Terceira Idade, população que cresce em ritmo acelerado. É um dos principais fatores de risco para doenças decorrentes de aterosclerose e da trombose, que comprometem os sistemas cardíaco, cerebral, renal e vascular periférico. É responsável por cerca de 30% dos infartos e dos acidentes vasculares cerebrais, está na origem de doenças crônico-degenerativas, que comprometem a qualidade de vida das pessoas, e suas complicações são responsáveis por alta freqüência de internações.

Com o avanço da idade, naturalmente a pressão arterial tende a aumentar e, para fazer o diagnóstico, é preciso levar em considerações as peculiaridades da população idoso. O médico deve verificar a duração da pressão alta, os níveis pressóricos, os sintomas, doenças prévias e concomitantes, fatores de risco e o uso de vários medicamentos ao mesmo tempo. Também é preciso tomar cuidado com possíveis erros: recomenda-se a medição nos dois braços, em duas posições e em todas as consultas. Estima-se que 42% da população idosa sofrem da “hipertensão do avental branco”. Isto significa que, diante do médico, o paciente fica nervoso e a pressão pode subir. Deve-se recorrer ao exame MAPA quando há grandes variações no consultório, diferenças entre o consultório e o domicílio e disfunção autonômica. O tratamento deve começar com medidas não farmacológicas, como dieta saudável, atividade física, fim do tabagismo e abstenção de bebidas alcoólicas. Ao se optar por medicamentos, é preciso tomar cuidado com a polifarmácia, com outras patologias e facilitar a posologia. O ideal é que a hipertensão seja tratada por uma equipe multiprofissional, porém a maioria dos serviços do país não oferece o atendimento completo. Diante disso, o papel do clínico se torna ainda mais importante e abrangente. Cabe a ele oferecer, além do tratamento médico, orientação nutricional e de atividade física, bem como apoio psicológico.

http://www.r2cpress.com.br/node/6164

Depressão entre os idosos

Definição:
Estado emocional marcado pela tristeza, desânimo e perda da auto-estima que afeta pessoas idosas.

Causas, incidência e fatores de risco:
Detectar depressão em idosos pode ser difícil por vários fatores. Os sintomas freqüentes de depressão tais como fadiga, perda do apetite e dificuldades para dormir são associados com o processo de envelhecimento ou com condições médicas e não com depressão. Os fatores que contribuem para a depressão incluem a perda do cônjuge ou de parentes próximos, dores e doenças crônicas, dificuldade de locomover-se, frustração com a perda de memória, dificuldade em adaptar-se a circunstâncias de mudanças tais como mudar-se de casa para uma instituição especializada ou mudanças dentro da família. A depressão também pode ser sinal de um problema médico. Pode ser agravada por distúrbios mentais associados com o processo de envelhecimento, tais como doença de Alzheimer, ou síndrome cerebral orgânica. Os fatores de risco estão relacionados com os fatores de contribuição. A depressão em idosos é um problema muito comum.

http://adam.sertaoggi.com.br/encyclopedia/ency/article/001521.htm

Depressão no idoso

Kamilly Rosa Figueiredo
Professora e especialista em neuropsicologia





Resumo:

A depressão é o problema psicológico mais comum no idoso. Embora seja comumente negligenciada no idoso, ela é, na realidade, bastante tratável. O importante seria a identificação das causas,pois é possível encontrar todos os tipos de depressão entre os idosos, desde a recorrência da depressão bipolar, depressão maior crônica, distúrbio distímico agravado pelas condições de vida, distúrbios de ajustamento a outros transtornos orgânicos, afetando dramaticamente a resposta do paciente idoso à reabilitação. A atividade física, quando regular e bem planejada, contribui para minimização do sofrimento psíquico do idoso deprimido, além de oferecer oportunidade de envolvimento psicossocial, elevação da auto-estima, implementação das funções cognitivas, com saída do quadro depressivo e menores taxas de recaída. O objetivo deste artigo foi realizar uma revisão bibliográfica sobre depressão em idosos, fazer uma abordagem global e relacionar aos benefícios da atividade física.

Introdução

O envelhecimento é hoje um fenômeno universal, tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento. No Brasil, impressiona a rapidez com que tem ocorrido, visto que, segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), até o ano de 2025, a população idosa no Brasil crescerá 16 vezes, contra cinco vezes da população total. Isso classifica o país como a sexta população do mundo em idosos, correspondendo a mais de 32 milhões de pessoas com 60 anos ou mais de idade (OMS, 2006). Esse aumento da população idosa esta associado à prevalência elevadas de doenças crônico-degenerativas, dentre elas aquelas que comprometem o funcionamento do sistema nervoso central, como as enfermidades neuropsiquiátricas, particularmente a depressão. Embora o envelhecimento mental possa apresentar um lentificação dos processos mentais, isto não representa perdas
de funções cognitivas.

Todo ser humano em qualquer fase de sua vida pode experimentar sintomas depressivos. Nos idosos a probabilidade de padecer desta doença é ainda maior, pois apresentam inúmeras limitações e perdas, tendo como conseqüências sentimentos de autodepreciação (ZIMERMAN, 2000).

A depressão é o problema psicológico mais comum no idoso. Embora isso também seja verídico em outras faixas etárias, a depressão permanece comum um problema significativo encontrado por profissionais que trabalham com o idoso.

Frequentemente se observa que o idoso deprimido passa por uma importante piora de seu estado geral e por um decréscimo significativo de sua qualidade de vida. A gravidade da situação reflete-se na alta prevalência de suicídio entre a população de idosos deprimidos (BALLONE, 2001).

A atividade em geral, seja física ou de outra ordem, é uma variável frequentemente citada na literatura como sendo de grande relevância para qualidade de vida na velhice.

O exercício físico, o chamado aeróbio, realizado com intensidade moderada e longa duração, propicia alívio do estresse ou tensão, devido a um aumento da taxa de um conjunto de hormônios denominados endorfinas que agem sobre o sistema nervoso, reduzindo o impacto estressor do ambiente e com isso pode prevenir ou reduzir transtornos depressivos, o que é comprovado por vários estudos (STELLA, 2002).

Contudo, não adianta ter só habilidade física e esquecer da emocional e social. O exercício físico deve ter estratégias que associem a ação mecânica com a ação mental, contribuindo para a melhora global das habilidades do idoso e evitando o declínio que naturalmente acompanha a velhice.

A importância em se diagnosticar esse quadro, é que, ao se estabelecer à terapia indicada, devolve-se ao indivíduo a capacidade de amar, pensar, interagir e cuidar de pessoas, trabalhar, sentir-se gratificado e assumir responsabilidades.
Neste artigo são apresentados as características do idoso deprimido, os modelos de depressão, a prevalência, tratamento medicamentoso e os benefícios da atividade física.


Metodologia

Para a realização deste estudo, escolheu-se como eixo condutor a pesquisa bibliográfica que permitiu uma investigação a partir do material já elaborado, livros e artigos científicos relevantes para o objeto do estudo, que teve como objetivo realizar uma revisão bibliográfica sobre depressão em idosos, fazer uma abordagem global e relacionar aos benefícios da atividade física.

Desenvolvimento e envelhecimento

Segundo a Psicologia do Desenvolvimento, fazer uma definição do desenvolvimento não é uma tarefa fácil, pois esta está de certa forma relacionada ao desenvolvimento infantil, apesar de não se restringir às faixas etárias e que tem sido vista como o desenvolvimento dos indivíduos ao longo de sua vida, principalmente no envelhecimento.

Assim sendo, um processo ao longo da vida, o tempo não pode ser tomado como um para padrão de comportamentos, muito menos tomar uma idade cronológica, pois o tempo não é uma variável de comportamento. Com isso, a Psicologia do Desenvolvimento não se interessa pelas mudanças em função do tempo, e sim, pelos processos intra-organísticos e a influencia do meio externo ao indivíduo dentro de uma determinada faixa de tempo (BARROS, 2002).

No caso da velhice e do envelhecimento, a Psicologia do Desenvolvimento tem estudado esta fase da vida do ser humano na busca de resolver uma ambigüidade: se o envelhecimento é processo de desenvolvimento ou um processo de perca do desenvolvimento.

Por muito tempo o envelhecimento foi considerado como o caminho contrário ao desenvolvimento, pois era visto como sinônimo de doença e de um problema a ser resolvido. Esta era uma visão limitada e unidimensional sobre o envelhecimento. Com o avanço dos estudos e pesquisas, assim como de discussões, tem-se chegado a desenvolver um conceito sobre a velhice e desenvolvimento onde seriam processos concorrentes onde na velhice estes processos são tidos como perdas, e a evolução, no caso de uma criança são tidos como ganhos (BIAGGIO, 1988). Esta visão traz consigo a idéia multidimensional nos processos de desenvolvimento e envelhecimento, buscando compreender os processos envolvidos em ambos os casos e dar respostas mais adequadas que garantam bom desenvolvimento e bom envelhecimento dos seres humanos.

Os critérios adotados para se estabelecer o início e os eventos no ciclo vital dependem de parâmetros sociais, e não do tempo cronológico, pois este serve apenas para indicar os processos de desenvolvimento e de envelhecimento, usando a escala de tempo como referencial.

De acordo com Neri (2001), o desenvolvimento e o envelhecimento podem ser analisados como uma seqüência de mudanças previsíveis, de natureza genético-biológica, que ocorrem ao longo das idades e por isso são chamadas de mudanças graduais por idade.

Dessa forma, o envelhecimento compreende os processos de transformações do organismo que ocorrem após a maturação sexual e que implicam a diminuição gradual da probabilidade de sobrevivência.

O envelhecimento causa a diminuição da plasticidade comportamental, o que também diminui a capacidade de reagir e recuperar-se do efeito de eventos estressantes, no entanto, os mecanismos de auto-regulação, mantêm-se intactos na velhice, ou seja, há uma continuação do funcionamento psicossocial e bem estar subjetivo, mesmo na presença de doenças e de outros fatores externos, que são considerados incompatíveis com a satisfação, por pessoas mais jovens.

Há também o desenvolvimento de um equilíbrio entre os ganhos e as perdas. Assim, a definição do que é ganho e do que é perda é bem controlada psicologicamente.

Ainda assim, o desenvolvimento pode assumir direções diferentes, onde ocorra crescimento em um domínio, e declínio em outro. Por exemplo, pode ter um declínio na memória operacional, e um crescimento na memória declarativa. Pode também progredir com respeito ao controle das emoções e sentimentos.

Neri (2004, p.44) ressalta que “o envelhecimento é uma experiência heterogênea, isto é, que pode ocorrer de modo diferente para indivíduos e coortes que vivem em contextos históricos e sociais distintos”. Essa diferenciação depende da influência de circunstâncias histórico-culturais, de fatores intelectuais, de personalidade e da incidência de patologias durante o envelhecimento normal. Assim, segundo a autora o estudo do desenvolvimento e do envelhecimento exige a contribuição de várias disciplinas como a psicologia, a biologia e as ciências sociais para que haja uma compreensão coerentes dos fenômenos evolutivos.

Velhice e conceitos gerais

Conforme Neri e Freire (2000), ser idoso é um fim que afeta a todos, não há como escapar. Embora o idoso esteja levando uma vida mais produtiva que no passado, o declínio de certas capacidades prejudica a qualidade de vida.

Embora a expectativa de vida tenha aumentado, a duração da vida não. Isso porque os avanços nas pesquisas biomédicas e a introdução de aperfeiçoados tratamentos de saúde, permitiram que mais pessoas atingissem o fixado limite para a duração da vida, mas passando dos 85 anos, as pessoas morrem de velhice, apesar de muitos esforços, parece difícil prolongar por mais tempo nosso tempo de vida (OMS, 2006).

Nota-se que o desejo de controlar o envelhecimento é um anseio legitimo. A rejeição à terceira idade é um mecanismo de defesa natural do homem, mas sua aceitação como realidade junto a compreensão de que se pode ser plenamente feliz em qualquer idade é o melhor caminho para a longevidade.

O envelhecimento bem-sucedido é visto como uma competência adaptativa do individuo, ou seja, a capacidade generalizada para responder com flexibilidade os desafios resultantes do corpo, da mente e do ambiente. Esses desafios podem ser biológicos, mentais, autoconceituais, interpessoais ou socioeconômico. Essa competência adaptativa é multidimensional, é emocional, no sentido de estratégias e habilidades do individuo, para lidar com os fatores estressores, cognitiva, em relação à capacidade para a resolução de problemas, e comportamental, no sentido de desempenho e da competência social. (NERI, 2004)

Como competência adaptativa, o envelhecimento envolve a preservação e a expansão das reservas para o desenvolvimento pessoal. Está relacionado à qualidade de toda uma vida, o que depende dos acontecimentos vivenciados pelo individuo desde a gestação e de sua herança genética e dos fatores socioculturais, dessa forma os indivíduos envelhecem de forma mito diferenciada, dependendo de como organizaram suas vidas, das circunstancias históricas e culturais em que vivem e viveram, da ocorrência de doenças durante o envelhecimento e da interação entre fatores genéticos e ambientais.

Todo esse conjunto de fatores dará condições diferenciadas para cada individuo lidar com as perdas e as transformações decorrentes do envelhecimento, ou seja, para adaptar-se às transformações ocorridas em si e no meio em que está inserido. Considerando tais aspectos, pode-se concluir que o envelhecimento humano é um processo individual e diferenciado em relação às variáveis mentais, comportamentais, comportamentais e sociais.

Zimmerman (2000, p.19) afirma que a maior parte das características dos velhos não são peculiares a uma faixa etária, uma pessoa não passa a ter determinada personalidade porque envelheceu, ela simplesmente mantém ou acentua características que já possuía antes.

Envelhecer pressupõe alterações físicas, psicológicas e sociais no individuo. Tais alterações são naturais e gradativas, é importante salientar que essas alterações são gerais, podendo se verificar em idades mais novas ou mais avançada e em maior ou menor grau de acordo com as características genéticas de cada individuo e principalmente com o modelo de vida de cada um.

A experiência mostra que assim como as características físicas do envelhecimento, as de caráter psicológico também estão relacionadas com a hereditariedade, com a história e com a atitude de cada individuo.

As pessoas mais saudáveis e otimistas tem mais condições de se adaptarem às transformações trazidas pelo envelhecimento, elas estão mais propensas a verem a velhice como tempo de experiência acumulada de maturidade e liberdade para assumir novas ocupações e até mesmo de liberação de certas responsabilidades.

É preciso ver o envelhecimento como um processo que vai ocorrendo de forma gradual. Desde que nascemos estamos envelhecendo um pouco a cada dia. Uma pessoa não se torna velha de um dia pro outro, assim como não vai dormir criança e acordar adolescente, nem de adolescente passar a ser adulto de repente, tudo é um processo. Se soubéssemos nos adaptar às mudanças físicas, psíquicas e sociais que vão ocorrendo conosco ao longo da vida, o envelhecimento aos poucos irá se tornando uma realidade. Talvez seja necessário mudar comportamentos, adquirir novos hábitos e criar outra postura. É preciso ter coragem para enfrentar a terceira idade, para superar as perdas, continuar amando e tendo prazeres na vida.

Desde crianças devemos ser preparados para envelhecer e para olhar a velhice como uma etapa que depende da forma como nos comportamos ao longo da vida.

Se formos um adulto saudável e feliz, provavelmente seremos um velho com as mesmas características. Nem mesmo as doenças e as dificuldades físicas afetaria nossa afetividade e maneira de encarar a vida de acordo com a visão mais ou menos positiva que tivemos no mundo. Flexibilidade e equilíbrio são duas condições fundamentais para um envelhecimento sem traumas.

Aspectos Psicológicos

Além das alterações no corpo, o envelhecimento traz ao ser humano uma série de mudanças psicológicas.

Segundo estudos internacionais, 15% dos velhos necessitam de atendimento em saúde mental, e dentro desses !5%, 2% das pessoas com mais de 65 anos apresentam quadro de depressão, que muitas vezes não são percebidos pelos familiares e cuidadores, sendo encarados como características naturais do envelhecimento (NERI, 2004). Além de estarem sujeitos à depressão, os idosos são atingidos por estados de paranóias, hipocondria e outros transtornos.
O bem estar psicológico na velhice está relacionado à auto-estima, auto-conceito e auto-imagem, conceitos estes que desenvolvem parte de nossa personalidade, eles são essenciais para envelhecermos com saúde mental, pois na velhice é exigido uma auto-aceitação das próprias limitações em varias situações da vida, e nesta aceitação e o gostar de si próprio surge a paciência com as limitações que aparecem no decorrer do envelhecimento, mas para que tudo isso seja possível é necessário saber de quem gostar e a quem compreender. Não se trata de um excesso de valorização da nossa própria pessoa, de arrogância ou egocentrismo, e sim gostar daquilo que somos, reconhecendo e valorizando nossas habilidades e também aceitando nossas limitações.

Construir a identidade é diferenciar-se dos outros com uma impressão digital, que não se trata de um processo rápido mas exige tempo e experiência de vida, uma vez que conseguimos nos separar dos outros temos nossa própria identidade e o segundo passo é integrar-nos a outros, isso significa que a pessoa idosa assim como qualquer outra necessita saber quem é e também fazer parte de um grupo, pertencer ao meio para compartilhar os valores que possui.

Durante o envelhecimento todas as pessoas sofrem mudanças físicas, como rugas, cabelos brancos e mais ralos. Isso pode abalar a auto-estima de alguns, pois a aparência física é bastante valorizada pelos meios de comunicação, por outro lado algumas pesquisas mostram que quando se busca um relacionamento significativo, ela não é um fator importante, pois podem ser compensados, pois cada pessoa pode trazer para o relacionamento, suas qualidades, seus valores, sua capacidade de ouvir e compreender o outro, estes são fatores muito atraentes (ZIMERMAN, 2000).

Para que o idoso mantenha sua saúde mental é necessário encarar o futuro com esperança, mantendo uma saúde positiva para com a vida, manter a mente ativa, viver um dia de cada vez sem preocupar-se exageradamente com o futuro, manter o senso de humor, procurar não guardar magoas, ter um bom relacionamento com a família e grupos sociais, manter atividades que proporcione estimulo psicológico como afeto, sentimento de identidade, capacidade de tomar decisões e adaptar-se à novas situações.

Depressão na Terceira idade

Os idosos, por apresentarem características bastante peculiares das demais faixas etárias, requerem uma avaliação de saúde mais cuidadosa, a fim de identificar problemas subjacentes a queixa principal. Portanto faz-se necessário priorizar, no seu atendimento, a avaliação multidimensional, geriátrica abrangente ou avaliação global.

Muitas pessoas classificam a característica predominante da depressão com o humor deprimido, sentimentos de tristeza, desesperança, além da perda de interesse e prazer em atividades previamente prazerosas.
De acordo com Porcu et. al., (2002), em pacientes idoso, além dos sintomas comuns, a depressão costuma ser acompanhada por queixas somáticas, hipocondria, baixa auto-estima, sentimentos de inutilidade, humor disfórico, tendência autodepreciativa, alteração do sono e do apetite, ideação paranóide, e pensamento recorrente de suicídio.

Em idosos deprimidos há maior probabilidade de sintomas somáticos inespecíficos, tais como suores, náuseas e palpitações, quando apresentam um transtorno de ansiedade conjuntamente com o quadro depressivo. Esta somatização produzida pela ansiedade concomitante à depressão tem importância clínica, já que esses pacientes podem confundir tais sintomas somáticos com efeitos colaterais de medicamentos, agravamentos de outras doenças.

De um modo geral, a clínica da depressão nos idosos é mais variada e atípica que no adulto jovem. Os idosos apresentam freqüentemente sintomas depressivos que nem sempre se ajustam aos requisitos necessários para categorias diagnósticas das classificações tradicionais (CID.10 e DSM.IV) (MIGUEL FILHO; ALMEIDA, 2000). Os sintomas mais freqüentes costumam ser inquietação psicomotora (depressão ansiosa), sintomas depressivos (insuficientes para categorias de diagnóstico formal), somatizações variadas, sinais de alterações vegetativas, perda da autoestima, sentimentos de abandono e dependência, eventuais sintomas psicóticos, déficit cognitivo variável, idéias de ou suicídio. Assim, é necessário um encaminhamento psicológico.

Os psicólogoss podem encontrar duas categorizações da depressão, sendo eles o episódio depressivo maior ou depressão endógena que deve apresentar pelo menos cinco dos seguintes sintomas, presentes durante um período de duas semanas, humor deprimido, interesse ou prazer acentuadamente diminuído, perda ou ganho de peso quando não em dieta, insônia ou hipersonia, retardo ou agitação psicomotora, fadiga ou perda de energia, sentimentos de inutilidade ou culpa excessiva, capacidade diminuída de pensar ou de concentrar e pensamentos recorrentes de morte (BALLONE, 2001).

Zimerman (2000) enfatiza que no transtorno de adaptação com humor deprimido, depressão reativa ou secundária, os critérios são a presença de sintomas emocionais ou comportamentais em resposta a estressores, identificáveis que ocorrem dentro de 3 meses do início dos estressores, sintomas ou comportamentos clinicamente significantes como: angustia acentuados, comprometimentos significativos no funcionamento social ou ocupacional.

Modelos de depressão

Segundo Miguel Filho e Almeida (2002) cinco dos modelos mais freqüentemente citados são o modelo cognitivo, o modelo do desamparo aprendido, o modelo interpessoal, neurobiológico e o de recursos sociais.

Cognitivo: Ocorrem erros de processamentos de informações resultando em uma estimativa excessiva do estímulo negativo e em uma subestimativa dos estímulos positivos.

Modelo do desamparo aprendido: A motivação diminuída e as percepções de incontrolabilidade dos eventos pela pessoa deprimida, onde o resultado pode ser um comportamento excessivamente passivo, a falta de motivação de a depressão do paciente.

Modelo interpessoal: Frequentemente atribuída a experiências ou relacionamentos interfamiliares adversos na infância.
Neurobiológico: Transtornos da transmissão das catecolaminas e transmissão serotoninérgica cerebral deprimida.
Modelo de recursos sociais: Enfatiza os efeitos do ambiente sobre o indivíduo.

Tratamento Medicamentoso

Embora existam muitos tratamentos farmacológicos para depressão, os medicamentos utilizados para tratar a depressão maior podem ser divididos em cinco categorias principais: inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS), antidepressivos tricícliclos ou tetracíclicos (ATC), antidepressivos heterocíclicos, inibidores da recaptação de serotonina /norepinefrina e inibidores da monoaminoxidase (IMAO).

A escolha de um antidepressivo para uma determinada pessoa depende de muitos fatores, inclusive a resposta prévia, doenças clínicas concomitantes e outros medicmentos utilizados pelo paciente.Geralmente, o uso dos ISRS e dos antidepressivos heterocíclicos e preferido no idoso.

Psicoterapia

Tem como objetivo proporcionar apoio emocional ao idoso, reduzindo sua ansiedade e aumentando sua confiança e auto-estima. Citaremos as técnicas mais utilizadas para o trabalho com o idoso.

Psicoterapia Breve – Técnica bastante utilizada, por ser dinâmica, flexível e de tempo limitado.Ela tem limites elásticos para incluir elementos de psicoterapia de apoio, psicoterapia reeducativa (terapia cognitiva) e psicoterapia reconstrutiva (psicanálise).

Terapia Cognitiva – É uma técnica de tempo limitado, que inclui confrontação, educação e explicação, essa tríade chama de cognitiva da depressão.Busca uma abertura para o futuro, questiona com o paciente seus conceitos alterados a respeito de si próprio, do futuro e do mundo ao redor tentando alterar a tríade.
Terapia da revisão de vida – Indicada para resolver problemas antigos, aumentar a tolerância do conflito, aliviar culpas e medos, aumentar a criatividade, generosidade e aceitação do presente.

Terapia de Grupo – O grupo funciona como um espaço no qual o idoso encontra proteção para as angústias decorrentes das perdas.

Atividade Física como Tratamento

A Atividade Física regular deve ser considerada como uma alternativa não farmacológica do tratamento do transtorno depressivo. De acordo com Stella et. al. (2002) o exercício físico apresenta, em relação ao tratamento medicamentoso, a vantagem de não apresentar efeitos colaterais indesejáveis, além de sua prática demandar, ao contrário da atitude relativamente e passiva de tomar uma pílula, um maior comprometimento ativo, por parte do paciente que pode resultar na melhoria da auto-estima.

A atividade física colabora para a formação de redes sociais além é claro, dos benefícios corporais e fisiológicos.

Na indicação ou elaboração de um programa de exercícios físicos, é necessário um planejamento rigoroso, levando em consideração objetivos específicos e a avaliação dos riscos de lesão de cada indivíduo. Atividades que estimulem a consciência corporal e cognição devem ser incentivadas. Exercícios na água podem ser uma boa opção para idosos que necessitem de relaxamento, diminuição da tensão articular e ganho de amplitude nos movimentos.

A atividade física colabora para a formação de redes sociais além é claro, dos benefícios corporais e fisiológicos. Os índices de depressão são menores em idosos que praticam atividade física, estudos comprovam melhora no aspecto emocional, como aumento da auto-estima, humor, sensação de bem-estar, diminuição da ansiedade e da tensão. Miranda e Godeli, (2003) ressalta que em pesquisa realizada com mulheres demonstrou que as sedentárias apresentaram índices de depressão e patologias mais elevados quando comparadas as praticantes de dança. Outro estudo realizado no Japão com indivíduos de idade entre 65-70 anos praticantes de exercícios diários demonstrou que os idosos reduziram os sintomas de depressão.


Considerações Finais

Existem muitos fatores que podem desencadear ou mesmo predispor ao aparecimento do estado depressivo. Seus principais sintomas são: tristeza duradoura e profunda, acompanhada de desânimo, apatia, desinteresse, não dorme bem, falta de apetite, queixam-se se coisas como fadiga, dores na cabeça e nas costas. Têm pensamentos ruins, como idéia de culpa, inutilidade, perdem o gosto pela vida, e em casos mais extremos a depressão pode vir acompanhada pelo risco de suicídio.

Suas causas podem vir de fatores biológicos, psicológicos e sociais, podendo ser um relacionado a outro. A depressão nos idosos, pode vir acompanhada de outros problemas físicos, o que acaba mascarando a doença, fazendo com que as pessoas não dêem atenção, pois acham que não é nada grave, e não descobrem na verdade o que realmente e passa.

Outro fator que pode levar à depressão nos idosos estão relacionados, sobretudo, à morte de parentes, de amigos, irmãos, assim como perdas financeiras, perda de status e de papéis sociais. Esse tipo de situação leva as pessoas acreditarem que sua morte pode não estar muito longe, o que faz com que alguns idosos passem a aproveitar mais a vida, enquanto outros, diante talvez do " desespero", não conseguem mais formular perspectivas de vida.

A depressão produz com freqüência uma queda na imunidade, diminuindo a resistência física às doenças (destaque para as doenças infecciosas e o câncer). A depressão severa na pessoa idosa pode apresentar um estado confusional semelhante a que ocorre com a demência

Os medicamentos antidepressivos (chamados antidepressivos tricíclicos) atuam nos neurotransmissores permitindo uma recuperação do equilíbrio químico do cérebro. Alguns psiquiatras também utilizam a eletroconvulsoterapia, porem, por razões culturais, o uso de eletrochoques é visto como um recurso traumático e cruel, quando na realidade é o contrario. Se for bem-indicado, ele dá excelentes resultados, sem traumas para o paciente.

O acompanhamento psicoterápico permite complementação do tratamento medicamentoso, propiciando a recuperação da qualidade de vida do idoso.
A realização de atividade física regular é muito eficiente no tratamento da depressão, como também pode ser utilizado para estimulação, de jogos de memória, passeios, discussões, leitura e conversas com o objetivo de aumentar a auto-estima. O apoio da família nesse momento é de extrema importância para obter bons resultados, já que nesse período da vida muitos idosos se sentem, e são desprezados e rejeitados tanto pela sociedade, quanto pela própria família.



Referências Bibliográficas

BARROS, C. S. G., Pontos de Psicologia do Desenvolvimento.12ª ed. São Paulo: Ática, 2002

BIAGGIO, A. M. B. ,Psicologia do Desenvolvimento. 15ª ed. Petrópolis, Vozes, 1988

MIRANDA, M.L.J.;GODELI,M.R.C.S. Musica, atividade física e bem-estar psicológico em idosos. R. brás. Ci. E Mov.2003; 11(4):87-94

MIGUEL, FILHO EC; ALMEIDA OP de. Aspectos Psiquiátricos do Envelhecimento. IN:Carvalho Filho ET de, Netto MP, Organizações. Geriatria: Fundamentos, Clinica e Terapêutica.São Paulo: Atheneu; 2000.

PORCU, M.et al. Estudo comparativo sobre a prevalência de sintomas depressivos em idosos hospitalizados, institucionalizados e residente na comunidade. Acta Scientiarum.Maringá, v.24, n. 3, p.713-717, 2002.

STELLA, F. et al. Depressão no Idoso: Diagnóstico, Tratamento e Benefícios da atividade física. Motriz, v. 8, n. 3, p. 91-98, 2002.

BALLONE, G.J. Depressão do Idoso, 2001. Disponível em: < htt:// www.psiqweb.med.br/geriat/ depidoso.html>.Acesso em : 10 de novembro de 2007.

NERI, A. N., Desenvolvimento e envelhecimento: Perspectivas Psicológicas, Biológicas e Sociológicas. Campinas: Papirus, 2004.

__________ Maturidade e Velhice: Trajetórias individuais e socioculturais. São Paulo: Papirus, 2001

NERI, A. N ; FREIRE, S. A. , E por falar em velhice. São Paulo: Papirus, 2000ZIMERMAN, G., I., Velhice: Aspectos biopsicossociais – Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.

http://www.psicologiavirtual.com.br/psicologia/principal/conteudo.asp?id=3913

DEPRESSÃO NO IDOSO

O rápido progresso tecnológico nas sociedades industrializadas tem diminuído a importância dos idosos, a experiência acumulada tem sido substituída pelo saber momentâneo, pela informação de ponta.

Há uma visão negativa do envelhecimento apresentada em forma de piadas, que interfere na adaptação social, no seu bem estar e também na postura da sociedade em relação aos seus idosos. Os velhos de hoje ainda são da geração em que os filhos amparam os pais e a maior parte dos idosos recebe suporte adequado da sociedade, mas o aumento progressivo do número de idosos, a maior longevidade, o menor número de filhos e a diminuição de aporte financeiro com o passar da idade, vai trazer consequências sérias nesta relação, num curto ou médio espaço de tempo. Em países do primeiro mundo, o adulto paga durante anos para ter direito à sua aposentadoria em “asilos” especiais, nos quais ele ingressa com o maior prazer e assistência. Nos pobres, a realidade é outra e os velhos que também pagaram a vida toda pela aposentadoria, recebem salários que não cobrem os remédios que tomam, ocasionando além das preocupações, despesas para os filhos . Somando-se às doenças “normais” para a idade, vem a depressão, numa incidência de 20% na classe média e 35% nas classes mais pobres.

A depressão nesta idade com frequência é secundária a outras doenças, como câncer, Parkinson, demência, diabetes, etc. ou ao uso de medicamentos, como anti-hipertensivos, corticosteróides , etc. Junte-se a isto as perdas : fim da vida profissional, da reprodutiva, diminuição da renda, do poder, morte dos amigos, dos familiares, do cônjuge. Isto para citar os aspectos mais importantes.

Os sintomas mais comuns são: a tristeza, o desânimo, a insônia, a falta de apetite e as dificuldades de memória. Chamo a atenção para a Pseudo-demência , que é quando o velho perde completamente a memória atual e fica desorientado, por causa de uma depressão e não por uma demência verdadeira, voltando a memória ao normal, com o uso do antidepressivo.

No tratamento, além do antidepressivo , é importante o estímulo social : clubes de 3ª idade; o amparo social : moradia, assistência à saúde, transporte adequado, acesso à enfermagem doméstica, serviços voluntários dedicados ao bem estar e o apoio psicológico, tudo no intuito de devolver ao idoso sua capacidade normal de adaptação ao envelhecimento e sua habilidade de lidar com as perdas, com as separações e com a morte.

http://www.josemol.com.br/adepressaonoidoso.html

Resenha

Colaboradora : Dra Mônica Cristine Jove Motti *

* Médica geriatra

Os distúrbios psiquiátricos mais prevalentes nos idosos são as síndromes depressivas e as demenciais, que alteram a qualidade de vida, aumentam a morbidade e a mortalidade do idoso.

Definição: A depressão é o nome atribuído a um conjunto de alterações comportamentais, emocionais e de pensamento, com distúrbio do humor e ou anedonia (perda ou diminuição do interesse pela vida).

Os fatores etiológicos da depressão no idoso (maior que 60 anos) podem ser divididos em biológicos e psicossociais, onde é classificado como biológico a perda neuronal e diminuição de neurotransmissores; o genético; a doença física e as medicações. E classificado como fatores psicossociais a diminuição de renda; as modificações no papel social; o luto/perdas e a doença física incapacitante e/ou dolorosa.

A depressão também pode ser classificada em depressão de início em fases precoces da vida e em depressão de início tardio que ocorre em pacientes acima de 60 e 65 anos. No caso a depressão de início tardio esta relacionada com alterações do sistema nervoso central, e observa-se a probabilidade do paciente evoluir para o quadro de demência do tipo Alzheimer.

Pacientes com alterações vasculares também podem desenvolver a depressão de início tardio. Nos casos de AVC e nas demências vasculares a presença de depressão esta bem aumentada.

A depressão e a doença física estão relacionadas e é de suma importância para o idoso, devido a redução das reservas funcionais, as alterações no mecanismo de homeostase e as alterações nos diversos sistemas orgânicos, além de grande número de doenças crônicas e do aumento do número dos medicamentos utilizados, que levam o idoso a toda a sua vulnerabilidade frente a depressão.

Pode-se observar que a depressão desencadeia ou mesmo agrava as doenças preexistentes e em geral é acompanhada de dores, mal estar físico, sensação de fraqueza e cansaço, alterações do sono e do apetite.

A depressão pode causar diretamente a doença física, existe a relação entre as alterações da imunidade e também pode-se observar a depressão como fator de risco para as doenças cardiovasculares. Além de que o paciente idoso deprimido pode não aceitar o tratamento, não aderindo e acaba por se cuidar menos, desde a higienização até a alimentação.

Em muitos casos a depressão surge como secundária a doença física, por exemplo causada pelo hipotireoidismo ou por carcinomas, por reação as conseqüências da própria doença física devido as limitações e mesmo a dor que a doença esta causando. Outra causa de depressão é o uso abusivo de álcool, benzodiazepínicos e drogas ilícitas, nestes casos independem da idade.

Quanto aos fatores psicossociais relacionados a depressão como o falecimento do cônjuge, o afastamento dos filhos, a diminuição de renda, as limitações físicas, a aposentadoria e as modificações no papel social, todos esses fatores podem afetar o idoso de diversas maneiras e dependem da idade, do tipo do evento, da personalidade e da história de vida de cada um. Podem ser fatores desencadeantes ou mesmo fatores predisponentes.

Quadro clínico

Os sintomas entre idosos e adultos jovens são os mesmos, o que difere no idoso é o relato de sintomas somáticos como alteração no sono e no apetite , muito mais do que os sintomas psicológicos como alteração do humor e anedonia. E dentre os sintomas psicológicos o idoso apresenta mais a anedonia do que os sintomas de distúrbio do humor. Outra queixa é a alteração cognitiva, onde o idoso reclama das alterações de memória.

Como vemos a depressão nos idosos depende da interação entre os fatores ambientais, constitucionais, biológicos e suporte social.

Os fatores ambientais são as questões negativas da vida como as limitações,que acabam por desencadear a depressão.

Os fatores constitucionais são as propensões genéticas ao desenvolvimento da depressão, como os traços marcantes da ansiedade.

Os fatores biológicos levam a depressão através das doenças físicas e a conseqüente incapacitação , incluindo também a depressão vascular de início tardio.

O suporte social favorece a depressão por: a ruptura dos vínculos sociais, a perda do espaço ocupacional, a diminuição do rendimento econômico e o isolamento.

A incapacidade decorrente da senilidade é um fator de risco importante para o desenvolvimento da depressão no idoso, gerando estresse e alterações negativas da vida. A imobilidade, a dor, a ansiedade, hospitalização,a reabilitação demorada, a sensação de perdas, a baixa auto-estima, desmoralização , as restrições das atividades sociais e interpessoais podem precipitar o início da depressão.

A depressão e o Luto

Segundo dados norte-americanos 78% das pessoas viúvas tem mais de 65 anos. Observa-se um aumento de consultas médicas e um aumento da mortalidade por suicídio e acidentes. Provavelmente a depressão não tratada nesta fase pode estar contribuindo para este quadro. Os viúvos tem depressão e por isso uma percepção negativa da vida, tendem a usar o tabagismo ou mesmo drogas e podem apresentar um comprometimento do sistema imunológico. O luto é um fator desencadeante de transtornos de ansiedade.

Após um período de 6 meses 24% a 30% apresentam o quadro depressivo, ao longo de 1 ano 16% apresentam depressão e em torno de 2 anos 15% apresentam a depressão. O luto complicado esta associado à história pessoal anterior de transtorno depressivo e a história familiar de depressão.

Pseudodemência depressiva

A presença de depressão emocional pode chegar a 20% nos idosos, afetando a cognição e a motivação para a memória. Alguns casos são reversíveis após o tratamento, porém em outros os pacientes evoluem para demência.

Depressão pós AVC

A depressão é uma complicação psiquiátrica mais freqüente nos pacientes com acidente vascular cerebral (AVC). Observa-se que após o quadro do AVC o paciente apresenta uma limitação funcional, com conseqüências negativas nas relações interpessoais, nas relações com a família, social e na qualidade de vida.

Os fatores de risco para o desenvolvimento da depressão pós o AVC são a presença do prejuízo funcional, prejuízo cognitivo, história de depressão, idade, sexo, história de AVC prévio, hipercortisolemia, aspectos sociais e correlatos neuroanatômicos.

Depressão e as doenças cardíacas

Estudos recentes sugerem que a depressão é um fator de risco para o desenvolvimento da doença coronariana e também leva a um aumento da mortalidade pós um infarto do miocárdio. A depressão levaria a diminuição da aderência dos pacientes cardíacos ao tratamento por desilusão, desesperança ou desinteresse e também o paciente poderia não querer manter a própria saúde (desistência).

Outro efeito da depressão seria por efeitos deletéricos através de mecanismos biológicos como a adesividade crescente das plaquetas, tornando o paciente vulnerável a oclusão arterial e novo IM; ou mesmo por influencia no sistema nervoso autônomo sobre a contratura muscular lisa das coronárias.

Alguns estudos comprovaram a presença de depressão em pacientes portadores de Insuficiência cardíaca congestiva mesmo após a alta hospitalar.

Outro estudo demonstra que a depressão aumentaria a incidência das arritmias ventriculares, pelo predomínio do sistema nervoso simpático. Há algum tempo propõe-se que a depressão afeta a coagulação e a trombogenese.

Depressão no idoso institucionalizado

O idoso que vive em uma institucionalização vive separado do ambiente familiar, na presença de pessoas estranhas e muitas vezes isolado, sentindo-se abandonado, dependente e inútil. Em relação a algumas instituições onde existe uma baixa qualidade de vida oferecida para o idoso, este acaba por apresentar um quadro insegurança, descontentamento e também uma falta de intimidade. Todo este processo pode levar a um quadro de depressão mesmo que o paciente não tenha histórico da doença ou o histórico familiar do transtorno de ansiedade e depressão.

Observando todo este quadro que o paciente vem apresentando,ainda podemos utilizar critérios para diagnóstico de depressão e em seguida pode-se começar o tratamento de acordo com o idoso, sendo os bloqueadores seletivos da recapitação da serotonina (ISRS) os mais utilizados (Fluoxetina, Paroxetina, Sertralina, Citalopram), e dentre os antidepressivos tricíclicos (Imipramina, Clomipramina, Amitriptilina e Nortriptilina) a nortriptilina é considerada a melhor para o idoso. Outras medicações utilizadas são a Venlafaxina, Mirtazapina e a Bupropiona.

Referências:

JUNIOR,ALBERTO STOPPE. Depressão em Idosos.Atualizações Diagnósticas em Terapêutica em Geriatria, cap60, pg 565 a 571.

BALLONE GJ- Depressão no Idoso-in. PsiqWeb,Internet,disponível em revisto em 2006.

TERRONI,LMN et al. Depressão Pós AVC: Fatores de risco e terapêutica antidepressiva-Instituto de Psiquiatria do HC-FMUSP. [on line]

BALLONE GJ- Personalidade Tipo A e Cardiologia- in PsiqWeb,Internet,2001, revisto 2003.

BALLONE GJ- Psicossomática e Hipertensão Arterial- in. PsiqWeb, Internet, disponível 2003.

http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/10/04/saude-geriatria/depressao-presente-na-vida-do-idoso/

Idosos serão vacinados contra a gripe em Dourados

Terça-Feira, 14 de Abril de 2009 | 16:52



Na próxima semana, começa em Dourados a vacinação de combate a gripe entre a população da terceira idade. A ação de prevenção e imunização faz parte da campanha nacional que envolve todas as unidades de saúde do país, além dos postos volantes que também vão oferecer a vacina.

A campanha organizada pelo Ministério da Saúde em parceria com os municípios será lançada em Dourados no dia 24 de abril no Centro de Convivência do Idoso, no Jardim Água Boa e deve se estender até o dia 8 de maio. As doses da vacina contra a gripe vão estar disponíveis em todas as Unidades de Saúde Básica e também no Pronto Atendimento Médico (PAM).

No dia 25 de abril (sábado) será realizado no município o chamado dia “D” de combate a gripe com o funcionamento o dia todo de todos os postos de saúde, inclusive o Tipo A na área central, e também postos itinerantes de aplicação da vacina como no Parque dos Ipês. A previsão da Coordenação Geral do Programa Nacional de Imunizações é de que no município sejam vacinados 12.820 idosos acima de 60 anos.

Segundo o gerente de Imunização da Secretaria Municipal de Saúde, Sandro Menezes, a campanha que acontece anualmente em todo o país, tem o objetivo de garantir imunização á população da terceira idade que está mais suscetível aos problemas de saúde. Sandro disse que até pela baixa resistência do organismo, os idosos costumam contrair com facilidade a gripe e que até pela idade, o quadro clínico que parece simples pode se complicar.

O gerente de imunização informou ainda que com a campanha de vacinação contra a gripe, o país tem conseguido reduzir os índices de mortalidade entre os idosos e baixar consideravelmente o número de internações nesta faixa etária. “O idoso é mais vulnerável e apresenta maior risco de adoecer e morrer em decorrência de algumas doenças que podem ser prevenidas como é o caso da gripe, além da pneumonia”, explicou.

Além da campanha, os profissionais de saúde de Dourados orientam os idosos para que fiquem em alerta a qualquer sintoma da gripe como: febre, calafrios, dores de cabeça, mal estar, rinite, congestão nasal, coriza e faringite. De acordo com Menezes, estes sinais geralmente aparecem nos primeiros três a quatro dias e se não forem tratados logo, podem agravar ainda mais o quadro.
“Não é só o risco da piora no quadro clínico do paciente. Uma vez contaminado, ele é capaz de transmitir o vírus dois dias antes dos sintomas aparecerem ou até sete dias após a doença instalada”, acrescentou.

Fonte: Folha de Dourados

http://www.folhadedourados.com.br/view.php?cod=34323

Idosa belga inicia greve de fome para conseguir eutanásia

Ter, 24 Mar, 09h29



Bruxelas, 24 mar (EFE).- Uma mulher belga de 93 anos, Amelie Van Esbeen, está há dez dias em greve de fome para pedir que receba a eutanásia, apesar de não reunir os critérios estabelecidos pela legislação belga para ter este direito, informa o jornal "Le Soir".

Após tentar em vão cortar as veias com uma faca de cozinha, a idosa decidiu iniciar uma greve de fome em sua residência, em Merksem, no norte da Bélgica.


A mulher não tem uma "afecção incurável grave" nem sofrimentos "constantes, insuportáveis e que não possam ser acalmados", os dois requisitos necessários para que a eutanásia seja legal.


"Minha vida está acabada. A única coisa que poderia me fazer feliz é a morte", afirma a mulher, diante da impotência da família.


Amelie já expressou por escrito que é contra ser reanimada, levada a um hospital ou ser alimentada através de uma sonda, e reivindica a ampliação das condições exigidas pela lei a pessoas que estejam na mesma situação.


As reações diante do protesto realizado pela idosa reacenderam o debate sobre a eutanásia na Bélgica - país que descriminalizou esta prática em 2002 -, apesar de apenas os liberais e socialistas flamengos terem se mostrado a favor da extensão da eutanásia a idosos, menores e pessoas com doenças cerebrais degenerativas. EFE

http://br.noticias.yahoo.com/s/24032009/40/entretenimento-idosa-belga-inicia-greve-fome.html

Idosos reivindicam programas especiais

26/01/2006 08:08
Programas de saúde, educação no trânsito e espaços para entretenimento foram as principais reivindicações dos idosos na reunião com a Ouvidoria Um encontro promovido pela Ouvidoria Geral do Município (OGM), com o título de "Salvador Cidade da Terceira Idade", reuniu na tarde de quinta-feira (dia 26), no auditório do Centro de Aperfeiçoamento Profissional (CAPS), na Pituba, representantes da Secretaria Municipal de Transportes e Infra-Estrutura (Setin), da Secretaria Municipal de Saúde (SMS), da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Estado da Bahia e da Ouvidoria Geral do Município. O objetivo do encontro foi discutir as principais carências do grupo da melhor idade.

O ouvidor municipal, Humberto Viana, esclareceu que a proposta da Ouvidoria é potencializar as suas ações, ampliando a participação popular nas medidas administrativas do município. "O ponto mais importante na concepção da Ouvidoria é transformar as sugestões, reclamações e anseios populares em projetos sociais", comentou o ouvidor, lembrando que este é o primeiro evento da série Salvador em Debate, que o órgão vai desenvolver durante o ano de 2006.

Gilson Costa, presidente da Associação dos Aposentados e Pensionistas do Estado da Bahia, ressaltou que constrangimentos enfrentados junto aos transportes coletivos, como falta de infra-estrutura, falta de paciência dos motoristas e de outros passageiros são alguns dos problemas enfrentados pelos idosos. "A sociedade e em especial os governantes devem dar atenção especial aos idosos nas questões de saúde, transporte e educação. Quanto melhor a educação, quanto melhor o entretenimento mais oportunidades teremos de construir uma sociedade melhor", completa.

Ele reivindicou mais espaço para o entretenimento de idosos, em especial a manutenção dos clubes da cidade, onde a melhor idade pode viver novas paixões e alimentar seus romances. Por fim, exaltou a iniciativa da OGM como uma ação importante à inclusão do idoso nas ações sociais, lembrando que esta é a semana do aposentado. "Acredito que estamos dando um passo para a conquista de tratamentos mais dignos, o que pode nos levar a uma vida mais agradável e mais feliz", avalia Costa.

Belenizia Ribeiro, representante do Conselho Municipal do Idoso, questionou sobre a existência de áreas de lazer, sobre estacionamento prioritário para idosos e sobre a existência de programas especiais para educar a população para respeitar o idoso no trânsito. Na ocasião, solicitou atendimento médico especial em abrigos do município bem como um programa de prevenção à Aids para idosos, com ações assistências para os portadores do vírus, que segundo ela tem aumentado significativamente.

Respondendo às solicitações, Fábio Rodamilam informou que a Setin tem uma gerência específica para educação no trânsito. Célia Cruz, da Secretaria de Saúde, falou sobre programas como Saúde da Família, que vem atuando nas regiões periféricas da cidade, além de ações preventivas, voltadas para a hipertensão e para o diabetes. Ela destacou que a reunião foi uma oportunidade para que a secretaria possa ampliar sua atuação de assistência médica à melhor idade.

ttp://www.salvador.ba.gov.br/index.php?option=com_content&task=view&id=1903&Itemid=67