segunda-feira, 4 de maio de 2009

DEPRESSÃO NO IDOSO

O rápido progresso tecnológico nas sociedades industrializadas tem diminuído a importância dos idosos, a experiência acumulada tem sido substituída pelo saber momentâneo, pela informação de ponta.

Há uma visão negativa do envelhecimento apresentada em forma de piadas, que interfere na adaptação social, no seu bem estar e também na postura da sociedade em relação aos seus idosos. Os velhos de hoje ainda são da geração em que os filhos amparam os pais e a maior parte dos idosos recebe suporte adequado da sociedade, mas o aumento progressivo do número de idosos, a maior longevidade, o menor número de filhos e a diminuição de aporte financeiro com o passar da idade, vai trazer consequências sérias nesta relação, num curto ou médio espaço de tempo. Em países do primeiro mundo, o adulto paga durante anos para ter direito à sua aposentadoria em “asilos” especiais, nos quais ele ingressa com o maior prazer e assistência. Nos pobres, a realidade é outra e os velhos que também pagaram a vida toda pela aposentadoria, recebem salários que não cobrem os remédios que tomam, ocasionando além das preocupações, despesas para os filhos . Somando-se às doenças “normais” para a idade, vem a depressão, numa incidência de 20% na classe média e 35% nas classes mais pobres.

A depressão nesta idade com frequência é secundária a outras doenças, como câncer, Parkinson, demência, diabetes, etc. ou ao uso de medicamentos, como anti-hipertensivos, corticosteróides , etc. Junte-se a isto as perdas : fim da vida profissional, da reprodutiva, diminuição da renda, do poder, morte dos amigos, dos familiares, do cônjuge. Isto para citar os aspectos mais importantes.

Os sintomas mais comuns são: a tristeza, o desânimo, a insônia, a falta de apetite e as dificuldades de memória. Chamo a atenção para a Pseudo-demência , que é quando o velho perde completamente a memória atual e fica desorientado, por causa de uma depressão e não por uma demência verdadeira, voltando a memória ao normal, com o uso do antidepressivo.

No tratamento, além do antidepressivo , é importante o estímulo social : clubes de 3ª idade; o amparo social : moradia, assistência à saúde, transporte adequado, acesso à enfermagem doméstica, serviços voluntários dedicados ao bem estar e o apoio psicológico, tudo no intuito de devolver ao idoso sua capacidade normal de adaptação ao envelhecimento e sua habilidade de lidar com as perdas, com as separações e com a morte.

http://www.josemol.com.br/adepressaonoidoso.html

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