segunda-feira, 4 de maio de 2009

Resenha

Colaboradora : Joana Luísa Fernandes Souza *

* Nutricionista e Pós-graduanda em Medicina e Saúde Geriátrica da METROCAMP

A obesidade é o excesso de tecido adiposo no organismo, sendo considerada uma doença crônica que tem forte relação de causa e efeito com outras doenças como as doenças cardiovasculares, osteomusculares e neoplásicas.

Na obesidade podemos avaliar a gordura total e a gordura de distribuição central, que tem relação direta com as Doenças Cardiovasculares (DCV) e Diabetes Mellitus (DM) tipo II (2).

No idoso deve-se somar a essas medidas a avaliação antropométrica (peso x altura x idade) pois nessa população há um aumento de gordura corporal em detrimento de massa magra (músculo), além da menor estatura (cifose) e relaxamento da musculatura abdominal.

E como avaliar então?

1º - Um parâmetro de medidas para avaliar a circunferência abdominal (1) e que nos fornece informações DE RISCOS À SAÚDE é:
Para o homem: 100 cm
Para a mulher: 80 cm

2º - e a relação cintura–quadril (1), que indica a obesidade central, que é a gordura mais prejudicial e a mais usada para fornecer informações da relação com as doenças citadas; RCQ = medida da cintura / medida do quadril.

A obesidade leva a distúrbios na saúde do indivíduo, principalmente no idoso. Esses distúrbios somados são um grande problema de saúde pública onde a educação com prevenção é fundamental. São eles;

• Distúrbios psicológicos
• Distúrbios sociais
• Aumento no risco de morte prematura
• Diabetes Mellitus
• Hipertensão Arterial Sistêmica
• Dislipidemias
• Doenças Cardiovasculares
• Câncer
• Doenças músculo esqueléticas

No Brasil segundo IBGE em 1985 1/3 das mortes prematuras foram provocadas por DCV, Hipertensão Arterial Sistêmica (HAS), e DM.

Curiosidades:

Como o excesso de peso já é um problema de saúde pública que atinge cerca de 1/3 da população adulta e cresce mais a cada dia, mesmo entre as pessoas idosas (3) devemos aliar educação a prevenção.

Mesmo nos idosos a prevalência maior de obesidade é entre as mulheres (4,5)e seu maior pico ocorre entre 45 e 64 anos (2) em ambos os sexos.

Referências
1. Applied Body Composition Assessment, pg 82. Ed. Human Kinetics,1996.

2. Arquivos Brasileiros de Endocrinologia & Metabologia V. 45 n.5 São Paulo Oct. 2001
ISSN 0004-2730 versión impresa

3. Gofin J, Abramson JH, Kark JD, Epstein L. The prevalence of obesity and its changes over time in middle-aged and elderly men and women in Jerusalem. Int J Obes 1996;20:260-6.

4. Euronut SENECA investigators. Nutritional status: anthropometry. Eur J Clin Nutr 1991;45(45s3):31-42.

5. Ukoli FA, Bunker CH, Fabio A, Olomu AB, Egbagbe EE, Kuller LHl. Body fat distribution and other anthropometric blood pressure correlates in a Nigerian urban elderly population.
Cent J Med 1995;41(5):54-161.

6. DATASUS [on line]
Leia mais em:
1. Chaimowicz F. A saúde dos idosos brasileiros � s vésperas do século XXI:
problemas, projeções e alternativas. Revista de Saúde Pública. Abr.1997;31(2):184-200. [on line]

2. Overweigh and Obesity - Centers for Desease Control and Prevention - EUA [on line]

http://www.medicinageriatrica.com.br/2007/04/11/saude-geriatria/obesidade-fator-de-risco-de-doencas-nos-idosos/

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